Consumidor informado e sustentável

Aqui ficam alguns cuidados para ajudar a escolher produtos de higiene e beleza que mimem a sua pele e o seu corpo sem descuidar do ambiente. 

• Preste atenção à lista de ingredientes, procurando reduzir o consumo dos que possam ter um maior impacto ambiental: existem componentes poluentes e completamente desnecessários, como algumas fragrâncias (por exemplo, eugenol e citral), e outros que são facilmente substituíveis, como alguns conservantes e antioxidantes (por exemplo, compostos por metilisotiazolinona). Veja, no nosso dossiê sobre alergias, quais as  mais suscetíveis de desencadear reações alérgicas. 
• Perante uma embalagem muito “natural”, desconfie. Leia a lista de ingredientes. Os de origem vegetal estão em latim e, tal como os restantes, ordenados de acordo com a concentração. Se aparecerem no fim da lista, é porque estão presentes em pouca quantidade.
• E lembre-se de que “natural” não é sinónimo de “seguro” e nem sempre significa que é melhor para o ambiente. Contudo, importa realçar que, para um produto estar à venda na União Europeia, tem de ser seguro, seja de origem natural ou sintética.  

• Prefira produtos com o Rótulo Ecológico Europeu (ou EU Ecolabel). Embora seja ainda raro no mundo dos cosméticos, é, hoje, o único selo que dá garantias quanto à sustentabilidade dos produtos em todo o seu ciclo de produção.

• Quer proteger a natureza, a saúde e a carteira? Procure estar bem informado, para fazer escolhas conscientes. Use os produtos com conta, peso e medida, e opte, de preferência, por embalagens recarregáveis ou por embalagens feitas de materiais recicláveis ou que possam ser recicladas.

• Procure renunciar aos produtos com excesso de embalagem, como as pastas de dentes em tubo ou os boiões de creme para o rosto, os quais, para além da embalagem primária (o tubo ou o frasco) vêm, tantas vezes, envoltos em caixas de cartão e, por vezes, ainda com uma película de plástico, completamente desnecessários.

• Há escolhas ao seu alcance. Por exemplo, por que não voltar ao velho sabonete? Na passagem do sólido para o líquido, a única coisa que aumentou com toda a certeza foi o impacto ambiental. No caso do sabonete, uma vez removido o pouco cartão que o envolve e após a sua utilização na totalidade, não sobra nada.

• E esta lógica tem vindo a estender-se para outros produtos, como os champôs sólidos, que prometem ser verdadeiros “milagres ecológicos”, já que à partida poupam água na sua produção e, sobretudo, dispensam embalagens de plástico. Resta agora avaliar todo o seu ciclo de produção, incluindo os ingredientes que o constituem para verificar se, na realidade, são uma boa aposta. Já ao nível do consumo de água, para fazer a lavagem do cabelo, tem exatamente o mesmo impacto do que os líquidos.

 

 Dicas para um uso correto dos cosméticos

• Os produtos com doseador têm menor probabilidade de contaminação e permitem medir a quantidade com maior precisão. Contudo, poderão não ser a melhor escolha de um ponto de vista ambiental, já que geram um maior desperdício de produto, que fica no fundo da embalagem.
• Feche bem a embalagem após cada utilização e guarde-a num local fresco e pouco iluminado.
• Deixe de usar o produto se notar uma alteração na cor, textura ou odor.
• Respeite o prazo de validade e o período após abertura (PAO). Para não se esquecer do PAO, anote a data em que utilizou o produto pela primeira vez com um marcador permanente ou coloque uma etiqueta.
• Mantenha os produtos nas embalagens originais.
• Lave as mãos antes de aplicar e mantenha limpos os pincéis, as esponjas e outros utensílios.