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Renault Megane E-Tech 100% elétrico: 365 quilómetros de autonomia desde 40 mil euros

Já testámos em laboratório e conduzimos o Renault Megane E-Tech 100% elétrico. Ágil, seguro, espaçoso, confortável e bem equipado, destaca-se da concorrência com uma boa relação entre preço e qualidade. Com a bateria carregada, viajámos 365 quilómetros sem stresse. O preço começa nos 35 200 euros.

24 outubro 2022
Renault Megane e-tech 100% elétrico na estrada

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O Renault Megane E-Tech 100% elétrico está disponível com duas capacidades de bateria e dois níveis de potência à escolha. Para alimentar o motor elétrico, pode optar pela bateria mais pequena (40 kWh), apenas associada ao de 130 cv, ou pela de 60 kWh de capacidade, que pode servir o motor de 130 ou 220 cavalos. Equipado com a bateria de 40 kWh e o motor de 130 cavalos, custa a partir dos 35 200 euros. Se preferir a versão com mais autonomia, com a bateria de 60 kWh e 220 cavalos, custa desde 40 200 euros.

Poupe com a seleção de carro elétricos e híbridos plug-in

A marca é pioneira da mobilidade elétrica. O Renault Zoe, um dos carros elétricos mais vendidos, já conta mais de 10 anos. O Renault Megane E-Tech 100% elétrico estreia a plataforma CMF-EV, que será a base da família dos novos carros elétricos da marca. É a primeira plataforma específica da marca para automóveis a bateria. A versão elétrica partilha apenas o nome do modelo que já vai na quarta geração.

Com 4,20 metros, continua longo. A distância entre eixos (2,69 m) aumentou de forma significativa, o que altera as proporções. O Renault Megane E-Tech 100% elétrico é também ligeiramente mais alto, para receber a bateria na parte inferior da carroçaria. Com a cintura elevada, o tejadilho a descer em direção à traseira e o fecho das portas posteriores dissimulados no terceiro pilar, pisca o olho aos amantes de SUV e crossovers. Na atualização mais recente do teste, o Renault Megane E-Tech 100% elétrico conquista o título de Escolha Acertada na categoria, a par do também automóvel elétrico Mazda MX-30.

No Renault Megane E-Tech 100 elétrico, o sistema multimédia conta com dois grandes ecrãs digitais. 
No Renault Megane E-Tech 100% elétrico, o sistema multimédia conta com dois grandes ecrãs digitais.

Prós do Renault Megane E-Tech 100% elétrico

  • Eficiência elevada.
  • Equipamento completo.
  • Tecnologias de apoio ao condutor.

Contras do Renault Megane E-Tech 100% elétrico

  • Visibilidade global limitada.
  • Bagageira pouco prática.

Muito conforto, pouca visibilidade

O Renault Megane E-Tech 100% elétrico é confortável. O espaço à frente é razoável, mas a consola central limita um pouco a liberdade de movimento das pernas. Acomoda passageiros com quase 1,95 m de altura. Atrás recebe ocupantes de até 1,85 m de altura.

Apesar de ser um carro elétrico, as malas só podem ir atrás. Na mala, medimos uma capacidade real de 335 litros. Se carregar até ao teto e rebater os bancos, passa a contar com 1150 litros de bagageira. O acesso à mala fica a 79 centímetros do chão, o que é muito elevado para alguns utilizadores. À frente, não pode armazenar nada. Motor, inversor e sistemas de gestão de energia escondem-se por baixo do capô.

O Renault Megane E-Tech 100% elétrico é confortável, mas dececiona na visibilidade sobretudo traseira. 
O Renault Megane E-Tech 100% elétrico é confortável, mas dececiona na visibilidade sobretudo traseira.

Ágil na estrada, a lidar com curvas e obstáculos, e com design atrativo, destaca-se pelo equipamento tecnológico. Agradável, o interior apresenta bons materiais e revela uma construção cuidada. O novo sistema multimédia openR link é composto por dois grandes ecrãs digitais dispostos em forma de L invertido (painel de instrumentos com 12,3 polegadas e ecrã central de 9 ou 12 polegadas).

Traz câmara traseira e deteta os sinais de trânsito com ajuste de velocidade. Devido à traseira muito compacta com pilares demasiado amplos, a visibilidade para trás dececionou os nossos especialistas. É também muito limitada pelos apoios de cabeça. O vidro posterior é muito pequeno. Ainda assim, o carro é fácil de manobrar: medimos um diâmetro de viragem razoável de quase 11 metros. Entre os principais rivais, destacamos o Citroën ë-C4, Cupra Born, Kia e-Niro e Volkswagen ID.3.

Carregar a bateria demora 40 minutos a 30 horas

Para viajar distâncias maiores, opte pela versão com a bateria de 60 kWh. Na utilização diária, a autonomia anunciada é de 300 a 400 quilómetros, consoante o perfil de condução e bateria de 40 ou 60 kWh. A autonomia pode ser esticada com uma condução moderada. Com a bateria mais potente carregada, viajámos 365 quilómetros sem qualquer stresse. Em circuito combinado com cidade, fora da cidade e autoestrada medimos um consumo médio de 19,2 kWh aos 100 quilómetros. A mais-valia deste Renault Megane E-Tech 100% elétrico é a eficiência.

A velocidade de carga da bateria varia com a versão. O automóvel é vendido de série com um cabo tipo 2, que pode utilizar num posto de carregamento doméstico do tipo wallbox ou num posto público. O carregamento em casa mais simples demora 30 horas: tem de comprar o cabo Renault de modo 2 com tomada doméstica. Com 6,5 metros, custa 600 euros. Num posto de 22 kW na bateria, precisa apenas de 3 horas para ter a carga completa da bateria. Nos postos ultrarrápidos, para um carregamento até 130 kW, em 40 minutos, recupera 230 quilómetros. Contudo, consumidor alerta, o carregamento rápido em corrente contínua só está disponível para a versão com bateria de 60 kWh, o que é uma pena. Para manter a saúde da bateria, não abuse dos carregamentos rápidos. Podem degradar a capacidade e o rendimento. Só devem ser feitos esporadicamente, em viagens longas ou numa emergência.

A segurança do Renault Megane E-Tech 100% elétrico também impressiona: conquistou cinco estrelas do Euro NCAP, organismo independente que realiza testes de colisão, avaliando a proteção e os sistemas de segurança dos automóveis vendidos na União Europeia, e do qual a DECO PROTESTE é cofundadora. Com airbag central (entre os passageiros da frente), o carro está recheado de assistentes que facilitam a condução, como o cruise control adaptativo, capaz de ler os sinais de trânsito e adaptar a velocidade ao limite legal e ao veículo da frente, a travagem automática de emergência (dianteira e em manobras de marcha-atrás), e prevenção de saída de faixa de rodagem.

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