Painel solar

Como escolher painéis fotovoltaicos

Ajudamos a encontrar o melhor para si.

Para recuperar mais rápido o seu investimento, grande parte da eletricidade produzida pelos painéis solares fotovoltaicos deve ser consumida diretamente na habitação. Por isso, antes da instalação, é fundamental perceber qual a quantidade de painéis e a capacidade instalada, adequada à sua situação. Saiba como escolher os melhores painéis solares para a sua casa.

Principais características

Os painéis solares ou fotovoltaicos são constituídos por células que convertem a luz solar em eletricidade. A quantidade de eletricidade gerada depende, entre outros fatores, do grau de intensidade da luz incidente, o que varia consoante o dia e as estações do ano. Por isso, com um céu sem nuvens, um painel fotovoltaico irá produzir mais energia do que num dia encoberto de inverno.

Para a grande maioria, a eletricidade produzida deve ser consumida diretamente na habitação. Se existirem períodos em que a produção é superior ao consumo e, se nada fizer, o excedente de eletricidade será injetado gratuitamente na rede elétrica de serviço público. No entanto, se o excedente assim o justificar, poderá equacionar investir num conjunto de baterias, que permitirão o armazenamento da eletricidade produzida para utilização posterior, ou, em alternativa, poderá vender o excedente injetado na rede elétrica.

Consulte o comparador de painéis solares da DECO PROteste.

 
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Instalação fotovoltaica

Para conseguir utilizar a energia produzida pelos painéis solares, necessita de outros elementos, fundamentais ao correto funcionamento da instalação fotovoltaica.

  • Painéis solares fotovoltaicos - são painéis que contêm células fotovoltaicas capazes de converter a energia do sol em eletricidade a partir da luz que incide sobre elas.
  • Estrutura para painéis solares fotovoltaicos - podem ser fixas ou móveis e são de extrema importância, visto que a inclinação proporcionada pela estrutura irá influenciar a quantidade de radiação solar incidente no painel.
  • Inversor - a eletricidade produzida pelos painéis solares gera uma corrente contínua (energia produzida pelos módulos fotovoltaicos) que não é compatível com os aparelhos eletrónicos utilizados nas nossas casas. O inversor tem o importante papel de converter a corrente contínua em corrente alternada. É, por isso, um elemento essencial em qualquer instalação fotovoltaica. Existem vários tipos de inversores que são classificados dependendo se a sua instalação está ligada à rede elétrica ou se é uma instalação fora da rede. É fundamental selecionar um inversor compatível com o tipo de instalação.
  • Cablagem - imprescindível para conectar toda a instalação e ligá-la à rede doméstica.
  • Contador bidirecional - mede a energia da rede elétrica consumida, como qualquer outro contador, mas também mede a energia injetada na rede elétrica pelo sistema fotovoltaico. Os contadores inteligentes já permitem esta contabilização, desde que previamente configurados.
Se pretender armazenar energia produzida pelo sistema fotovoltaico, para utilização posterior, irá necessitar de adquirir baterias para armazenar a energia elétrica produzida pelo sistema fotovoltaico, para que esta possa ser consumida posteriormente; e um controlador de carga, cuja função é a de evitar situações de carga e descarga excessiva das baterias, prolongando a sua vida útil, e garantindo o fornecimento de energia suficiente à bateria para evitar que esta se descarregue completamente.
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Tipo de painéis fotovoltaicos

Existem diferentes tecnologias de painéis solares disponíveis atualmente no mercado. Dependendo da sua composição, resultam em diferentes tipos de painéis solares.

Monocristalinos

Possuem cristais de maiores dimensões e com maior grau de pureza, o que se traduz numa maior eficiência (rendimento). Porém, são também os que têm custos de produção mais elevados, o que se reflete, regra geral, no preço final. Como principais vantagens, destacam-se a durabilidade e o tamanho mais reduzido.

Policristalinos

Possuem cristais de menores dimensões e de constituintes menos nobres, como o cobre e o ferro. Por esta razão, têm um rendimento um pouco inferior aos monocristalinos, mas, devido ao menor custo de produção e, consequentemente, ao mais baixo custo de aquisição, estão a ficar cada vez mais populares. Em regra, ocupam mais espaço do que os painéis solares monocristalinos e são mais sensíveis à exposição a temperaturas elevadas (isto é, apresentam menor eficiência a altas temperaturas), pelo que não são uma opção recomendável para climas muito quentes.

Bifaciais

Como o nome indica, apresentam duas faces de células capazes de produzir eletricidade. A face superior é virada diretamente para o sol e a face inferior tem o intuito de aproveitar a radiação indireta refletida da zona onde o painel está instalado, o que faz com que sejam as que apresentam maior capacidade de produção de energia elétrica. Para tal, tem de ser garantida uma correta instalação que permita tirar proveito da segunda camada (que tem capacidade de aproveitar a radiação indireta).

Outros

Existem mais tipos de painéis fotovoltaicos, como é o caso dos thin-film. Trata-se de estruturas muito finas que podem ser facilmente incorporadas noutros componentes, como telhas, vidros, alvenaria e outros. Estes painéis permitem, por exemplo, que estas soluções construtivas passem a produzir eletricidade.

Os painéis com células PERC (célula traseira emissora passivada) consistem em adicionar uma camada reflexiva extra na parte traseira do painel para refletir os fotões que passam pela célula e capturar o excesso de radiação, aumentando a produção. Estes painéis não apresentam degradação induzida pela luz, ao contrário do que acontece nos painéis compostos por células tradicionais de silício. Desta forma, há algum ganho na produção de eletricidade. No entanto, estes painéis estão sujeitos a um outro tipo de degradação, designado de LeTID, que resulta do efeito combinado da radiação solar incidente e das altas temperaturas que atingem durante a sua vida útil.

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Escolher o sistema fotovoltaico

Os sistemas fotovoltaicos para autoconsumo têm como principal objetivo satisfazer as necessidades da habitação onde se encontram instalados, pelo que é fundamental que seja efetuado um correto dimensionamento destes equipamentos. O sistema deve ser projetado e concebido de forma que a quantidade de energia produzida seja o mais próxima possível do perfil de consumo da habitação. Uma vez que o sistema só tem capacidade de produzir energia durante o dia, enquanto houver sol, o dimensionamento deve ter em conta o consumo de energia registado na habitação durante o mesmo período. Este tipo de informação, bem como questões relativas às condições para instalação do sistema, devem ser devidamente respondidas e recolhidas pelos técnicos no local, para que as empresas instaladoras proponham uma solução viável e ajustada às necessidades reais do cnsumidor.

Na maioria das casas portuguesas, o consumo energético está concentrado no período noturno, uma vez que durante o dia a ocupação é reduzida. Para este cenário específico, deve optar-se por um sistema com uma dimensão mais reduzida, para fazer face aos consumos permanentes, como é o caso do standby dos aparelhos eletrónicos, das boxes para televisão ou dos frigoríficos e arcas congeladoras.

Note-se que não é por instalar um sistema com uma capacidade superior ao necessário que irá ter maior retorno do seu investimento. Antes pelo contrário: o sistema será, à partida, mais caro e o que aumenta é o excedente de energia que não é consumido no local e é injetado gratuitamente na rede elétrica, a não ser que antes tenha celebrado um contrato de venda de excedente de energia ou tenha um backup de baterias. Se a ocupação diurna for significativa, com muitos aparelhos elétricos em funcionamento durante este período, ou se estiver a pensar investir num veículo elétrico, deverá optar por soluções com potências superiores.

De acordo com a legislação em vigor, uma unidade de produção para autoconsumo (UPAC), com uma potência instalada até 700 W, não está sujeita a qualquer controlo prévio, desde que a eletricidade produzida seja consumida na totalidade. Mas atenção, sempre que o seu autoconsumo injete excedentes na rede, independentemente da potência instalada, é necessário efetuar o registo da UPAC no Portal da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), caso contrário, estará em incumprimento. Para soluções com uma potência instalada entre 700 W e 30 kW, necessita apenas de efetuar uma comunicação prévia à DGEG.

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Quanto pode poupar

Antes de adquirir um sistema fotovoltaico para autoconsumo, deve verificar qual é o seu consumo de eletricidade real nas horas de sol (expresso em kWh), através da leitura do seu contador, às 8h e às 18h, durante pelo menos 15 dias seguidos. Caso tenha um contador inteligente já instalado, pode entrar no balcão digital da e-Redes e registar-se para aceder aos dados de forma mais simples. Desta forma, irá perceber qual é o seu perfil de consumo em horas de sol. É importante que a quase totalidade da produção do sistema, que varia ao longo do dia com a exposição solar, seja consumida na habitação.

À primeira vista, pode parecer um investimento elevado para tão pequena produção. Mas, caso utilize toda a energia que produz, em certas configurações é possível recuperar o seu investimento a partir do quarto ano e ter lucro a partir deste ponto e durante a restante vida útil do sistema.

Ainda que, atualmente, seja um investimento elevado, poderá sempre ponderar a evolução para um sistema com baterias que permita armazenar a eletricidade produzida em excesso, para ser utilizada mais tarde.

Outra alternativa poderá passar pela venda deste excedente. Para tal, a UPAC deverá estar registada no portal da DGEG e, para além de outros requisitos, deverá estabelecer um contrato de compra e venda de energia com um comercializador que compre a energia proveniente das UPAC. Ainda que possa, de alguma forma, ajudar a amortizar o investimento feito, o valor pago por cada kWh de energia injetada na rede não justifica o sobredimensionamento – e, consequente, encarecimento – dos sistemas, dado que este é, por norma, bastante inferior ao valor pago por cada kWh consumido.

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Cuidados de limpeza e manutenção

Os sistemas solares fotovoltaicos são praticamente livres de manutenção, à parte da limpeza da superfície dos painéis, para retirar as impurezas que aí se possam depositar. Deverá ainda efetuar a remoção de folhas e pequenos lixos soprados pelo vento que possam acumular-se na parte inferior dos painéis. 

Alguns sistemas permitem monitorizar a produção e enviar alertas automáticos, em caso de uma possível anomalia ou queda de produção. A menos que os painéis sejam de difícil acesso, poderá realizar a sua limpeza de forma autónoma e periódica. Para tal, deve ter em atenção algumas indicações.

  • Não use máquinas de lavagem a alta pressão, pois poderá danificar as células fotovoltaicas e, consequentemente, reduzir a sua eficiência. 
  • Utilize apenas água limpa, sem solventes ou detergentes e um pano macio.
  • Não use, em circunstância alguma, materiais abrasivos, nem exerça pressão sobre os painéis. 
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Questões frequentes

Respondemos às principais dúvidas sobre painéis solares.

O sistema fotovoltaico é para mim?

A decisão dependerá da quantidade de eletricidade que consome e da hora do dia em que esta é consumida. Por exemplo, para um casal que trabalha o dia todo fora de casa e com baixo consumo de energia elétrica, que ocorre na sua maioria fora do período de sol, uma instalação deste tipo poderá não ser economicamente vantajosa. Solicite apoio a um técnico para selecionar o tipo de instalação de autoconsumo mais interessante para si. Também será necessário avaliar o perfil de consumo de eletricidade para escolher a melhor solução.

Quantos painéis solares instalar?

Solicite o apoio de um técnico para selecionar o tipo de instalação de autoconsumo mais interessante para si. Também será necessário avaliar o perfil de consumo de eletricidade para escolher a melhor solução. Utilize o simulador da DECO PROTeste para estimar o número de painéis e a capacidade instalada do sistema fotovoltaico.

Quais as condições ideais para instalar painéis fotovoltaicos?

Idealmente, o painel deve ser instalado com uma inclinação próxima de 35º e orientado a sul, condições a que se obtém eficiência máxima. No entanto, é necessário ter em conta que nem todas as casas o permitem. A produção de energia poderá ainda ser significativa, com instalações orientadas para este ou oeste, apesar de um pouco mais reduzida. Neste tipo de situação, a solução poderá passar por instalar mais painéis, com uma capacidade instalada superior, de forma a igualar a produção de energia que seria atingida com uma instalação orientada a sul. O mesmo acontece se não se conseguir instalar o painel de acordo com a inclinação ideal. Se a instalação for realizada com uma inclinação entre 10 e 15º, irá verificar-se uma pequena diminuição na eficiência dos painéis, sendo a produção de energia ainda compensatória. Para além da orientação e inclinação ideal dos painéis, para atingir eficiências mais elevadas, é importante garantir que não existem elementos de sombreamento na proximidade dos painéis, uma vez que estes poderão reduzir a quantidade de energia produzida.

 

Qual é a importância do inversor?

O inversor (ou microinversor) transforma a eletricidade produzida, de modo a ser consumida pelos equipamentos instalados em casa. É a potência deste que determina a capacidade de produção do sistema. Tem ainda a capacidade de monitorizar a produção solar, para permitir tanto o autoconsumo como a injeção do excesso de eletricidade na rede pública. Os microinversores, por serem instalados junto aos painéis, têm a vantagem de monitorizar individualmente a produção destes, sendo mais fácil detetar avarias. É essencial que o painel e o inversor - ou microinversor - sejam compatíveis.

 

Quanto custa, em média, colocar painéis solares?

Um sistema para autoconsumo, constituído pelos painéis e pelo inversor/microinversor, e a estrutura para o telhado, terreno ou terraço, pode custar, a título indicativo, a partir de 1200 euros, para uma potência de 500 W. Ou até cerca de 2100 euros para 1500 W de potência. Estes valores podem variar caso existam requisitos adicionais para viabilizar a instalação do sistema. Fique atento aos  programas de apoio financeiro do Fundo Ambiental, que têm incentivado a aquisição deste tipo de sistemas.

 

Como vender a energia excedente produzida pelos painéis?

Atualmente, existem duas modalidades no mercado português para venda de excedente de energia: preço indexado, em que o valor é variável diariamente e sobre o qual incidem margens, ou preço fixo por kWh. Para poder vender a energia excedente produzida pelo seu sistema fotovoltaico, deve cumprir com as seguintes obrigações: 

  • a UPAC tem de estar registada na DGEG;
  • tem de ter um contador bidirecional instalado;
  • tem de ter um CPE (código de ponto de entrega) de produção à semelhança do seu CPE de consumo;
  • deve celebrar um contrato de venda de excedente de energia.

A energia excedente pode ser vendida a um comercializador de último recurso (CUR) ou a um comercializador do mercado livre. Poderá ainda consultar o site da ACEMEL (Associação de comercializadores de energia no mercado liberalizado) e obter a informação relativa aos comercializadores que, neste momento, estão a comprar energia proveniente das UPAC.

 

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