COMUNICADO

Seguros das casas devem garantir cobertura de sismos

22 maio 2023
Vista aérea de Lisboa

No dia em que Portugal for abalado por um sismo, a maioria das casas não vai estar protegida. A DECO PROTESTE defende que a cobertura deste fenómeno deve ser obrigatória nas apólices multirriscos-habitação e que o fundo contra riscos sísmicos deve, finalmente, avançar.

Os terramotos na Turquia e na Síria vieram relembrar a elevada vulnerabilidade de Lisboa e de outras zonas do país ao risco sísmico. A pergunta que se coloca é: e se acontecer em Portugal?

Não se sabe exatamente quando poderá a terra tremer, mas sabe-se que, nesse dia, muitas casas portuguesas não vão estar protegidas. 

Segundo a Associação Portuguesa de Seguradores, apenas 16% das habitações em Portugal têm cobertura de sismos nas respetivas apólices multirriscos-habitação. Por isso, a DECO PROTESTE considera crucial a existência de um sistema de cobertura das perdas decorrentes de abalos sísmicos. 

Cobertura de sismos nas apólices é o que garante o pagamento de danos

A DECO PROTESTE defende a necessidade de ser criado um fundo contra riscos sísmicos e a obrigatoriedade da cobertura destes fenómenos nos seguros multirriscos-habitação.

Portugal, no entanto, e apesar de estar formalmente em discussão desde 2010, continua sem avançar.

Em relação à cobertura de sismos nas apólices multirriscos-habitação, neste momento, é uma opção facultativa e que encarece o prémio. Porém, é o que garante o pagamento de danos na sequência de tremores de terra, erupções vulcânicas ou maremotos, recorda a DECO PROTESTE.

Com efeito, há que tornar obrigatória a cobertura de fenómenos sísmicos e criar um sistema de mutualização do risco, em que todos – consumidores, seguradoras e Estado – participem, em articulação com um fundo destinado à acumulação e à capitalização de meios para mobilizar em caso de catástrofe”, defende a DECO PROTESTE.

Quanto maior for a probabilidade de ocorrer um sismo na região onde se localiza a casa, mais caro se torna o seguro, mas, naturalmente, também mais necessário”, esclarece a DECO PROTESTE.

No entanto, a DECO PROTESTE alerta que, no caso de imóveis antigos ou em zonas de risco elevado, como o Algarve ou os Açores, poderá ser difícil contratar esta cobertura.