COMUNICADO

Telecomunicações voltam a dominar reclamações em 2021

05 janeiro 2022
tablet insatisfação

O setor das telecomunicações voltou a ser, este ano, o maior alvo de queixas na plataforma Reclamar da DECO PROTESTE. Ao todo, MEO, NOS, Vodafone, Nowo e outros operadores de telecomunicações somaram 26 801 queixas em 2021.

Tal como no ano passado, MEO e NOS lideram a lista das empresas mais reclamadas na plataforma Reclamar em 2021. Na base das reclamações dos consumidores estão conflitos relacionados com problemas com a faturação, cobrança de dívidas antigas, quebras na qualidade do serviço e tentativas falhadas de desvinculação contratual. Em 2021, através dos vários canais (plataforma Reclamar, telefone e e-mail), a DECO PROTESTE registou 28 346 reclamações sobre comunicações eletrónicas, num total de 277 mil reclamações, contando com todos os setores.

Só a MEO registou, ao longo de 2021, 1972 reclamações na plataforma Reclamar, aparecendo no primeiro lugar do ranking das empresas mais reclamadas, enquanto a NOS aparece no segundo lugar da tabela, com 1690 queixas. A Vodafone, que surge em quinto lugar no ranking das empresas com mais reclamações, contou este ano com 968 registos.

Também os CTT marcam presença no pódio das empresas mais reclamadas em 2021, com 1472 situações constrangedoras para os consumidores. Com a pandemia, numa nova era de muito comércio online, as maiores queixas registadas estiveram relacionadas com as entregas de correspondência ou encomendas que não chegaram ao seu destino, apontando o dedo à ineficácia dos CTT. Muitos dos consumidores reportaram à DECO PROTESTE relatos de distribuidores que não tocam à campainha dos destinatários, levando as encomendas para as estações de correios e obrigando os consumidores a irem levantá-las, quando seria suposto receberem-nas em casa. Também há quem se queixe dos atrasos na distribuição e da falta de informação disponível na linha de atendimento dos CTT.

Balanço reclamar 2021

Como o regresso das viagens, que pararam devido à covid-19, os consumidores queixaram-se mais este ano sobre a TAP devido a atrasos, cancelamentos de voos, testes expirados e situações em que os vouchers não se converteram nas viagens desejadas. Apesar de se terem repetido um pouco todos os meses do ano, estas situações foram mais relevantes no verão, quando muitos portugueses se deslocaram mais. A falta de informações da TAP em tempo útil foi outra das grandes falhas apontadas por quem se viu impossibilitado de viajar na data ou hora agendada.

Na área da saúde, a renovação indesejada de contratos originou um grande desagrado com a Medicare. Entre as questões levantadas na plataforma Reclamar, denota-se um desconhecimento de muitos consumidores quanto às características contratuais de um plano de saúde, o que leva muitos portugueses a acreditarem que basta não pagarem as mensalidades do produto para que o respetivo contrato seja cancelado, tal como acontece, por exemplo, com os seguros de saúde. A falta de pagamento não anula o contrato e ainda gera uma dívida, cobrada com juros e que origina as reclamações feitas.

Na plataforma Reclamar, cada consumidor pode registar, gratuitamente, a sua queixa para que a DECO PROTESTE possa fazer chegar todas as reclamações aos respetivos destinatários. Em média, as empresas demoraram 8 dias a responder às reclamações encaminhadas através da plataforma. Algumas situações obrigaram à intervenção da DECO PROTESTE, que assegurou a mediação dos conflitos de consumo. Em 2021, 79% das reclamações foram encerradas com sucesso.

Sobre a DECO PROTESTE
A DECO PROTESTE é a maior e mais representativa organização portuguesa de defesa dos consumidores. Intervém em cerca de 20 grandes áreas da vida dos consumidores através dos seus estudos, testes, análises de produtos e serviços, pareceres técnicos de especialidade e ações reivindicativas. O seu objetivo é criar consumidores mais informados e, por isso, mais exigentes e proativos na defesa dos seus direitos. Integra o grupo internacional Euroconsumers, que reúne organizações de defesa dos consumidores de Espanha, Itália, Bélgica e Brasil. 

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