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Viajar em low-cost: manual de instruções

É possível alterar ou cancelar a reserva? Qual o limite de bagagens que podemos levar? São muitas as perguntas para quem viaja em companhias low cost. Veja aqui as respostas.

30 junho 2023
planisfério com moedas, calculadora e avião de brincar em cima

iStock

O preço é apelativo, é o clique que o faz passar do sonho à realidade de viajar. Mas deve ter muita atenção aos detalhes quando viaja por companhias de aviação low-cost. Deve estar atento, logo à partida, enquanto efetua a reserva, pois os preços variam muito em função dos dias que faltam até ao voo, da bagagem que tenciona transportar consigo e do nível de ocupação do avião.

Cuidados com reservas em low-cost

Antes de tudo, certifique-se de que a reserva pode ser alterada ou cancelada em caso de necessidade. Nem sempre existe essa possibilidade na tarifa-base. E avalie se quer fazer o pagamento do custo adicional para o assegurar.

Se houver impossibilidade absoluta de viajar, o consumidor pode ter direito ao reembolso do valor pago, por exemplo, em caso de doença grave ou luto de um familiar. Contudo, o viajante fica dependente das condições contratuais que aceitou no momento em que fez a reserva ou da boa vontade da outra parte em aceitar uma solução que agrade a ambos.

A contratação de um seguro de viagem pode ser outra forma de se precaver contra imprevistos. Deve verificar, ainda durante a reserva, se o seguro faz parte do pacote adquirido. Ou, ainda, se acarreta um custo acrescido ou até se já dispõe de proteção, por exemplo, através de um cartão de crédito ou de outro seguro com este tipo de cobertura.

A escolha dos meios de pagamento também pode alterar o preço da viagem. É mais uma variável a ter em conta: pode, por exemplo, não haver acréscimo do preço ao pagar com MB Way ou cartão de débito, mas a fatura pode aumentar se usar os demais cartões, como os de crédito.

Para evitar um agravamento do custo, antes de confirmar, no passo final, a reserva da viagem, esteja atento ao valor definitivo. E também à eventualidade de o custo da reserva ser agravado por estar a usar um meio de pagamento que não seja o mais interessante. Faça uma simulação com as diferentes opções.

Incertezas na bagagem

O que pode levar a bordo e no porão? É uma das perguntas de mais difícil resposta nas viagens em low-cost. Quem viaja em low-cost opta por norma pela bagagem mais simples e o mais leve possível, para poder levá-la a bordo, e não no porão. As companhias low-cost cobram taxas variáveis de acordo com o número de malas e a ida para o porão pode significar um acréscimo de preço. E, em alguns casos, uma subida considerável de preço. Certifique-se da dimensão permitida das malas de cabine, já que pode variar conforme a companhia aérea.

Refeições à parte

O mesmo se aplica a refeições. Em viagens curtas, deve levar consigo algo que comer. Nas companhias low-cost, os alimentos disponíveis a bordo são vendidos à parte. Mais uma vez, deve fazer as contas: se a viagem for curta, é uma despesa que poderá evitar. Se, pelo contrário, estiver num voo de médio ou longo curso, deve avaliar o orçamento e, eventualmente, compará-lo com uma viagem numa companhia de bandeira. A diferença pode ser mínima e, mesmo pagando um pouco mais, viaja descansado, sem se preocupar com a alimentação a bordo.

Viajar com crianças

Além do brinquedo ou da manta preferidos da criança – um detalhe importante, a não esquecer – é fundamental que leve os documentos do menor e o respetivo boletim de vacinas. Se a criança tiver de viajar sem os pais, deve levar consigo uma autorização para tal. 

Confirme o preço do bilhete: as crianças entre os 2 e os 12 anos ocupam, regra geral, um lugar próprio e os bebés podem viajar ao colo de um adulto. Os bebés também podem viajar numa cadeirinha de automóvel. Neste caso, é necessário fazer a reserva de um assento. Conforme o caso, convém falar previamente com a companhia aérea. 

Deve ter em atenção, durante a viagem, com os horários da alimentação da criança e da toma de medicamentos, caso necessite. 

Satisfação média com as três principais low-cost

De acordo com os dados mais recentes da Autoridade Nacional da Aviação Civil, a Ryanair, com uma quota de mercado de 11%, a Easyjet, com 7% e a Vueling, com 3%, formam o top 3 da aviação low-cost que aterra ou parte de Portugal.

Segundo um estudo da DECO PROTESTE, o grau de satisfação com as três principais low-cost a operar em Portugal é mediano. Dentro da avaliação global – que incluía todas as companhias, incluindo as de bandeira – a satisfação com a Easyjet é de 6,8. Segue-se a Vueling, com 6,7 e a Ryanair, com 6,5. A escala utilizada foi de 0 a 10.

Tenha em atenção todos estes fatores antes de viajar. Se o preço é um isco, pode também ser uma ilusão...

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