Teste a protetores solares

Como escolher protetores solares

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O sol tem efeitos benéficos, mas a exposição excessiva pode ser bastante prejudicial ou acarreta riscos. O protetor solar é indispensável para defender a pele das radiações, quando anda ao ar livre. Recomenda-se que use um produto com fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo. E que também tenha proteção UVA.   

Guia de compras

Fator de proteção solar e UVA

A radiação é essencial ao organismo. Permite, por exemplo, a produção de vitamina D, importante para a fixação do cálcio nos ossos, e ajuda a tratar doenças como a psoríase e a icterícia. Mas, em excesso, torna-se nociva: os raios UVB podem provocar escaldões e manchas na pele, enquanto a radiação UVA favorece o envelhecimento precoce. As duas radiações estão relacionadas com o desenvolvimento de alguns tipos de cancro cutâneo.

A capacidade para defender a pele dos raios UVB é indicada pelo fator de proteção solar, apresentado nos rótulos através das siglas FPS ou SPF (do inglês "sun protection factor"). Um produto com fator 30 deve impedir a passagem de 96,7% da radiação UVB. O FPS 50, por sua vez, deve filtrar 98% daquela radiação. 

A Comissão Europeia recomenda ainda aos fabricantes que incluam proteção contra os raios UVA. O índice deve corresponder a, pelo menos, um terço do fator de proteção solar. Os rótulos devem indicar a proteção UVA, mas não são obrigados a mostrar o valor.

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Alerta para os ingredientes

A maioria dos produtos testados inclui perfume e alguns acrescentam fragrâncias alergénicas, que podem aumentar o risco de alergias em indivíduos mais sensíveis.

Os produtos em spray com cyclopentasiloxane também não são recomendados. A incorporação desta substância em protetores sob a forma de spray não é segura, segundo o Comité Científico para a Segurança do Consumidor da Comissão Europeia: a quantidade inalada pode ser tóxica. 

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Segurança dos filtros solares

Os produtos com ethylhexyl methoxycinnamate (OMC), suspeito de ser desregulador endócrino, são de evitar. Apesar de ainda faltarem estudos, pensa-se que possa interferir no normal funcionamento do sistema endócrino/hormonal. A utilização é permitida por lei, mas convém evitar usar os produtos que a contenham enquanto houver suspeitas de que podem causar problemas.

Novos estudos têm questionado a segurança de outros filtros solares. O Comité Científico para a Segurança do Consumidor da Comissão Europeia considera que a utilização de homosalato é segura numa concentração de 0,5% em protetores solares.

Em novembro de 2022, foi publicada uma revisão do regulamento dos produtos cosméticos e a utilização do homosalato passou a estar limitada, podendo apenas ser utilizado em produtos faciais, com exceção dos produtos em aerossol propulsor numa concentração máxima de 7,34 por cento. No entanto, só a partir de 1 de julho de 2025 não podem ser disponibilizados no mercado da União Europeia produtos cosméticos que contenham esta substância e que não cumpram as restrições. Enquanto se aguarda que não seja permitida a sua utilização em protetores solares (de corpo), a DECO PROteste aplica o princípio da precaução e não nomeia qualquer produto com este filtro solar. 

O octocrileno é outro filtro solar químico que nunca teve boa reputação, em virtude do seu potencial alergénico. Este ingrediente é considerado seguro pelo Comité Científico para a Segurança do Consumidor da Comissão Europeia quando em concentrações inferiores a 10%, e é este o limite legal. No entanto, o octocrileno pode ser degradado em benzofenona, uma substância potencialmente desreguladora do sistema endócrino, cancerígena e mutagénica. À semelhança do homosalato, é seguido o princípio da precaução e não é nomeado qualquer produto com este filtro solar.

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Protetores solares de rosto

Até há bem pouco tempo, nos supermercados, apenas se encontrava um tipo de protetor solar, geralmente, na época balnear, para o corpo e o rosto. As versões para o rosto estavam sobretudo à venda em farmácias, e visavam, essencialmente, pessoas com problemas dermatológicos.

Hoje, é cada vez mais frequente encontrá-los nos supermercados. Os protetores para o rosto são iguais aos corporais em termos de proteção solar. Aliás, os produtos para o corpo são também adequados para a cara.

Mas os protetores solares faciais deverão ter uma formulação própria para a pele mais sensível e delicada do rosto.

Tendem a ser mais fluidos, para não obstruir os poros, e menos gordurosos, não deixando a pele reluzente. Mais fáceis de espalhar, não deixam aquelas inestéticas marcas brancas. Além disso, tendem a não incluir as fragrâncias típicas dos protetores que se associam à praia (monoi, óleo de coco, etc.).

Por fim, o seu pequeno formato, geralmente de 40 ou 50 mililitros, é mais prático para levar na mala ou no bolso para qualquer lado.

Resumindo: os protetores solares faciais são mais adequados para o rosto e incluem filtros solares idênticos aos dos produtos corporais.

Nos cuidados diários do rosto, é importante proteger a pele da radiação, não só na praia, como também em qualquer atividade no exterior, incluindo em dias nublados.

A Direção-Geral da Saúde recomenda protetores com FPS 30, no mínimo. O rosto requer particular atenção, pelo que é preferível apostar numa proteção superior, com FPS 50 ou 50+, sobretudo em pessoas de tez clara ou sensível. Além de estar mais exposta à radiação solar, a epiderme – camada superficial da pele – da cara é mais fina e vulnerável ao fotoenvelhecimento: danos causados pelos raios UV, como rugas, manchas escuras e outro tipo de pigmentação.

Mesmo com fator 50+, para ser eficaz, o protetor deve ser renovado de duas em duas horas.

De manhã, aplique os produtos de rosto por esta ordem: primeiro o sérum, depois o creme hidratante habitual e, só depois, o protetor solar. Este deve cobrir toda a área exposta, e na dose certa, equivalente a uma colher de chá. Pode então maquilhar-se.

Evite o contorno dos olhos. Não é perigoso, mas causa irritação, se derramar. Nesse caso, passe os olhos por água e seque bem. Para proteger a zona ocular, use óculos de sol.

Em caso de exposição solar, não se esqueça de renovar o protetor a cada duas horas, pois este vai perdendo eficácia. Remova a maquilhagem antes de voltar a aplicar, para uma pele bem hidratada e protegida do sol.

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Protetores solares para crianças

A pele das crianças é mais sensível do que a pele dos adultos aos raios ultravioleta. A pele das crianças é mais fina e mais sensível porque os mecanismos naturais de defesa não estão totalmente desenvolvidos (melanócitos imaturos e glândulas sudoríparas não totalmente ativas) e mesmo um curto período ao ar livre ao sol do meio-dia pode resultar em queimaduras graves. Por outro lado, estudos epidemiológicos têm demonstrado que a exposição frequente ao sol e queimaduras solares na infância estão relacionadas com maiores taxas de melanoma em adultos. Daí a importância de tomar várias estratégias de proteção solar e usar um protetor solar com alto índice de proteção para os mais pequenos, de 50 ou mais.

Até aos seis meses, não leve os bebés à praia e, até um ano, evite a sua exposição direta à luz solar. O protetor solar pode ser utilizado a partir dos 6 meses, nas zonas não protegidas pela roupa.

Evite protetores solares com fragrâncias, especialmente as potencialmente alergénicas.

Coloque o protetor cerca de 20 a 30 minutos antes de se expor ao sol, para que a pele o absorva bem e repita a operação várias vezes durante a exposição ao sol (pelo menos, a cada duas horas e sempre depois de sair da água, quando o corpo estiver seco).

Não aplique os produtos em spray diretamente no rosto.

Durante a época balnear, muitas lojas fazem promoções de protetores, que, em geral, valem a pena. Os formatos familiares têm, muitas vezes, o mesmo custo das embalagens normais. Compare o preço por litro.

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Questões frequentes

O que significa o FPS do protetor solar?

O fator de proteção solar (FPS ou SPF) é a relação entre a dose mínima de radiação UVB que causa eritema na pele protegida por um protetor solar e a dose mínima de radiação UVB que causa o eritema na mesma pele, quando desprotegida. É importante saber que os índices mais elevados de FPS bloqueiam ligeiramente mais raios UVB, mas nenhum protetor solar oferece 100% de proteção contra a radiação UVB. A relação entre o FPS e a proteção UVB não é linear. A sua eficácia deve ser indicada no rótulo com referência a categorias: "baixa" (SPF 6 e 10), "média" (SPF 15, 20 e 25), "elevada" (SPF 30 e 50) e "muito elevada" (SPF 50+). Seja qual for o seu tipo de pele, deve usar um protetor solar. Pelo menos, um produto com índice de proteção de 30.

Como fazer protetor solar caseiro?

Não é recomendado, de forma alguma, que faça protetor solar em casa. Estes produtos não têm garantia de que ofereçam proteção eficaz contra os raios UVA e UVB ou que o fator de proteção seja o adequado. O processo de formulação de um protetor solar é complexo, bem como a determinação do seu fator de proteção solar e proteção UVA.

O que fazer se o protetor solar entrar em contacto com os olhos?

Caso o protetor entre em contacto com os olhos, é provável sentir ardor, irritação e ficar com os olhos vermelhos. Não é perigoso, mas muito incómodo. A solução é lavar bem os olhos para eliminar o protetor e secá-los com uma toalha macia. Garanta que tem as mãos limpas, sem vestígios de protetor solar, antes de levá-las aos olhos.

Para evitar irritação ocular se o produto derramar, é preferível não aplicar protetor solar no contorno dos olhos. Para proteger esta zona, use óculos de sol e chapéu com abas largas. 

Onde armazenar o protetor solar?

Quando utilizar o protetor solar, não o deixe exposto ao sol direto ou ao ar livre. Guarde-o à sombra. Não o deixe no carro, pois pode apanhar muito calor, nem o guarde no frigorífico. Mantenha as embalagens muito bem fechadas à temperatura ambiente, sem estarem perto das janelas. Evite também guardá-lo na casa de banho, pois é o local mais húmido da casa.

Posso usar o protetor solar do ano passado?

Consulte o prazo de validade ou o período de tempo após a abertura do protetor solar. Verifique o cheiro do produto. Em caso de mau cheiro, deite-o fora. Analise também a composição do protetor e não o use caso as fases do produto (fase aquosa e fase gordurosa) estejam separadas uma da outra ou tenham uma textura estranha. Se tiver dúvidas sobre se o protetor solar foi bem conservado, não o utilize. Ao usá-lo corretamente, se ficar com queimaduras, deite-o fora.

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