Dicas

Como proteger o smartphone em 12 passos

Melhorar a proteção de um smartphone é mais fácil do que parece, desde atualizar o sistema operativo a bloquear o acesso ao dispositivo. Saiba como proteger o telemóvel com 12 dicas essenciais.

06 junho 2022
Mão a segurar smartphone com imagens de cadeados em cima.

iStock

Os smartphones tornaram-se indispensáveis, e a maior parte das pessoas tem um, mas convém ter atenção à segurança na internet. Conheça algumas dicas simples e eficazes para proteger o seu smartphone.

1. Escolher uma forma de desbloqueio do smartphone segura

Para evitar que qualquer pessoa entre no seu smartphone e aceda a informações pessoais, defina uma forma de proteção. Dependendo da marca e do modelo do seu smartphone, há várias opções disponíveis.

  • Padrão: desbloqueia o telemóvel desenhando uma senha padrão no ecrã (a senha é desenhada ao unir vários pontos que surgem no ecrã). Esta forma de proteção é desaconselhada, porque o rasto das impressões digitais pode ficar marcado no ecrã e ser fácil de descobrir. 
  • Código PIN: é uma proteção razoável se escolher um código com seis números ou mais. Um código de quatro dígitos pode ser fácil de descobrir.
  • Dados biométricos: cada vez mais os aparelhos autorizam o desbloqueio através de impressão digital ou de reconhecimento da íris ou facial. Estes métodos biométricos são razoavelmente seguros.
  • Palavra-passe: é a melhor proteção, caso escolha uma palavra-passe mais complexa. Quanto maior e mais complexa for a password, mais difícil será descobri-la.

2. Fazer operações bancárias em segurança

Descarregue e utilize sempre a aplicação oficial do seu banco. É seguro usá-la com uma rede wi-fi doméstica ou numa rede móvel. Mas não deve utilizá-la numa rede wi-fi pública, como a do centro comercial ou de um restaurante, mesmo que a ligação esteja protegida por palavra-passe. Termine sempre a sessão e feche a aplicação do seu banco assim que terminar de a utilizar.

Saiba que os bancos não enviam mensagens aos seus clientes (por e-mail ou outro meio) a solicitar-lhes dados de segurança ou outra informação confidencial. Não envie o seu nome de utilizador, o código de acesso ou o cartão-matriz. Não aceda ao site do banco através de links enviados em e-mails, como newsletters.

A proteção com a chamada autenticação forte (veja o ponto seguinte) poderá protegê-lo melhor quando realizar estas operações ou outras, como o pagamento de despesas online.

Veja se o site é seguro

3. Proteção das contas com a autenticação de dois fatores

É uma medida cada vez mais importante, principalmente em tempos de frequentes ataques informáticos, como os que vivemos. É utilizada no ID Apple, na conta da Google e também em várias aplicações e serviços online. Não sendo infalível, reforça bastante a segurança, visto que, normalmente, o segundo passo da autenticação obriga ao acesso a um e-mail ou SMS seu. 

Caminhos

Android: abra a sua conta Google e selecione “Segurança”. Em “Iniciar sessão no Google”, selecione “Validação em dois passos”, siga as indicações no ecrã. Depois de ativar a validação em dois passos, terá de concluir um segundo passo para validar a sua identidade quando iniciar sessão.

iOS: siga “Definições > Privacidade > Nome do utilizador> Palavra-passe e segurança”. Toque em “Ativar a autenticação de dois fatores” e depois em “Continuar”. Introduza o número de telefone onde pretende receber os códigos de confirmação quando iniciar sessão.

4. Atualizar o sistema operativo e as apps

As atualizações dos smartphones não servem somente para termos acesso a novas funcionalidades, ou a um UI (user interface) com um aspeto mais moderno. Elas são importantes, sobretudo, pelo facto de incluírem diversas melhorias de segurança. Quando o seu telemóvel deixar de receber atualizações de segurança, saiba que esta pode, rapidamente, ficar em risco. Logo, pondere mudar de smartphone.

5. Atenção às permissões que são dadas às apps

Não dê a uma app acesso a informações que não são necessárias. Antes de instalar qualquer app, controle as permissões que lhe são pedidas. Por exemplo, é estranho que uma app de fotos pretenda enviar SMS. Pode decidir as permissões que dá a cada aplicação. Também pode consultar, ativar ou desativar as autorizações de uma app depois da instalação.

6. Instalar as apps a partir de lojas oficiais

Para limitar o risco de instalar apps prejudiciais, é importante descarregá-las a partir de lojas oficiais ou credíveis. Por segurança, verifique nas configurações que as apps de "fontes desconhecidas" não podem ser instaladas.

7. Fazer backups regulares do smartphone

Certifique-se de que tem sempre uma cópia de segurança (backup) atualizada do seu smartphone para evitar perder os dados (fotos e vídeos, contactos, mensagens, e-mails, aplicações e respetivas configurações) em caso de avaria, perda ou roubo. Estes backups podem ser configurados para serem realizados periodicamente nas clouds da Google, da Apple ou da marca do telemóvel.

8. Evitar o seguimento por parte das aplicações

Pode evitar que as aplicações sigam a sua atividade permanentemente nos sitemas iOs, da Apple. Pode fazê-lo de uma só vez. Siga o caminho que indicamos e desative “Permitir pedidos de seguimento das aplicações”. As apps deixarão de explorar o código de identificação exclusivo (IDFA) do smartphone. Os sistemas Android não têm esta opção. No entanto, a Google parece ter uma resposta a esta configuração da Apple: a partir de meados de 2022, as aplicações fornecerão mais informações de privacidade e segurança através da Google Play Store. O utilizador poderá vê-las para cada aplicação e antes de a descarregar, os dados que recolhe e qual a sua finalidade.

Caminhos

iOS: em “Definições > Privacidade > Seguimento”, desative “Permitir pedidos de seguimento das aplicações”.

9. Não partilhar dados de utilização sem ser necessário

Estes dados de utilização são utilizados para entender melhor o funcionamento dos produtos e contribuir para melhorias. Se quiser ajudar nessa tarefa, não precisa alterar nada. Para os evitar, tem a possibilidade de desativar esta opção. No caso do iPhone, tem ainda outra opção, “Análise e melhorias”, onde existem vários itens que, se ativados, fazem com que o smartphone transmita dados para a Apple e desenvolvedores de aplicações. Por exemplo, se o utilizador ativar “Melhorar Siri e o Ditado”, o dispositivo enviará para a Apple ficheiros de áudio das interações do utilizador com a Siri. Estes dados serão depois utilizados para melhorar a Siri.

Como não podia deixar de ser, todas essas tarefas consomem bateria e podem ser desativadas em “Definições > Privacidade > Análise e melhorias”. 

Caminhos

Android: em “Definições > Privacidade > Utilização e diagnósticos”, desative esta opção.

iOS: “Definições > Privacidade > Serviços de localização > Serviços do sistema.” Em “Melhoria do produto”, desative todas as opções.

10. Evitar que as localizações sejam registadas

Em Android, clique em Privacidade > Histórico de localizações da Google > Desativar”. Pode ainda, dentro do “Histórico de localizações do Google”, optar por “Faça a gestão do seu histórico”. Aqui poderá ver as localizações que foram registadas ao longo do tempo, e eliminá-las. No iPhone, há uma configuração chamada “Locais importantes”, que não é das mais fáceis de encontrar (Definições> Privacidade > Serviços de localização > Serviços do sistema > “Locais importantes”). O utilizador visualizará um resumo do número de locais registados e os locais onde esteve recentemente. Pode parecer surpreendente ver que tudo é registado. A Apple mantém este registo para exibir informações mais relevantes de certas aplicações, com base na localização. Se o utilizador valoriza sua privacidade, é melhor desativar a opção “Locais importantes”. É também possível excluir todo o histórico clicando em “Limpar histórico”. 

Caminhos

Android: “Definições > Localização > Serviços de localização > Histórico de localização.”

iOS: “Definições > Privacidade > Serviços de localização > Serviços do sistema> Locais importantes.”

11. Não dar acesso permanente à localização

Algumas aplicações como o Google Maps ou o Waze exigem o acesso à localização do utilizador. Não deverá ser permanente, mas apenas quando estiver a ser usá-las. Em Android, o utilizador pode definir o acesso para cada aplicação, clicando em “Autorizações de localização das apps”. Não tem certeza se um aplicativo precisa da sua localização? Escolha “Não permitir”. Se realmente deseja dar acesso, escolha a opção “Permitir” apenas enquanto usa a app, em vez de “Permitir sempre”. Em iOS, a localização também pode ser desativada totalmente ou para algumas apps. As opções disponíveis são “Nunca”, “Ao usar a aplicação”, “Sempre” e “Perguntar da próxima vez” ou “ao partilhar”. Para conceder acesso, escolha “Ao usar a aplicação”. Para as outras, recomendamos escolher a opção “Nunca”. 

Caminhos

Android: “Definições > Localização.”

iOS: “Definições > Privacidade > Serviços de localização.”

12. Limitar a publicidade direcionada

Por defeito, existe nos dois sistemas operativos. No caso do sistema Android, basta selecionar “Eliminar ID de Publicidade” para parar de ver anúncios personalizados. No iPhone, esta situação está bem definida: a Apple utiliza anúncios personalizados na App Store, na Apple News e na Bolsa. De acordo com a empresa, esses dados não são partilhados com terceiros. Esta função é, portanto, independente dos anúncios que usam seu código de identificação único (IDFA). A opção para desativar a publicidade direcionada está em “Anúncios personalizados”, depois de seguir o caminho que indicamos já de seguida. 

Caminhos

Android: em “Definições > Privacidade > Anúncios”, selecione “Eliminar ID de Publicidade”.

iOS: “Definições > Privacidade > Publicidade da Apple.”

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