lâmpada de eletricidade

Como escolher a tarifa de eletricidade e gás

Ajudamos a escolher a melhor para si.

Ajudamos a encontrar as melhores tarifas de eletricidade e gás para o seu perfil de consumo. Saiba quais as tarifas existentes e como poupar ao escolher.

Como escolher

3 tipos de tarifas de energia

Existem três tipos de tarifas de energia, em termos de contagem do consumo: simples (paga sempre o mesmo pela energia), bi-horária ou tri-horária (a energia tem dois ou três preços, conforme a hora e o dia).

Consideram-se três períodos: horas de vazio, que correspondem a horários com menor procura de eletricidade; horas fora do vazio (ou de cheio, no caso da tarifa tri-horária), que são os períodos não incluídos no horário de vazio; horas de ponta, aplicáveis a quem tem a tarifa tri-horária, que correspondem ao período onde se concentra a maior procura na rede elétrica. As horas certas de cada período variam em função do ciclo escolhido (semanal ou diário), do dia e da época do ano (horário de verão ou de inverno).

Com o consumo doméstico a concentrar-se em determinadas horas, é importante incentivar a migração dos gastos energéticos para horários em que a pressão é menor. 

No mercado pode encontrar, além das tarifas de preço fixo, as indexadas. Estas últimas variam em função dos preços praticados no mercado grossista (onde os comercializadores adquirem a energia que depois vendem). O princípio é simples: o comercializador cobra ao consumidor o preço que pagou pela energia, acrescido de um determinado “spread”, como nos empréstimos bancários. A variabilidade destas tarifas implica um risco acrescido, especialmente em períodos de forte volatilidade.

Com a liberalização do mercado energético, além dos tarifários monosserviço (apenas para o fornecimento de eletricidade ou de gás natural), passaram também a existir os tarifários dual (a eletricidade e o gás natural combinados num contrato único da mesma empresa).

Tarifa social de energia

As famílias mais carenciadas podem beneficiar da tarifa social de energia, um desconto atribuído automaticamente que incide sobre a potência de eletricidade contratada e também sobre o gás natural. Para que esta tarifa seja aplicada, o cliente tem de ter uma potência contratada até 6,9 kVA, no caso da eletricidade, e até 500 m3 no gás natural. Tem, também, de ser titular de um contrato de habitação própria permanente e reunir algumas condições.

Para a atribuição da tarifa social de energia, cabe à Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) cruzar os dados recebidos dos agentes do setor, da Autoridade Tributária e Aduaneira e da Segurança Social. Depois de identificados os potenciais beneficiários, o benefício é aplicado automaticamente pelos comercializadores na fatura da eletricidade e/ou do gás natural, sem necessidade de pedido por parte do cliente. No entanto, os potenciais beneficiários também podem requerer junto da Segurança Social e/ou da Autoridade Tributária e Aduaneira um comprovativo da sua condição de beneficiário e apresentá-lo junto do comercializador de energia.

Este beneficio, aplicado sob forma de um desconto, é comum a qualquer tarifário em mercado liberalizado ou à tarifa regulada. 

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Poupar nos custos da energia

Caso esteja descontente com o comercializador ou considere a fatura de energia muito elevada, pode mudar, sem custos e sempre que quiser. Use o nosso simulador de tarifas de eletricidade e gás natural para decidir o tarifário mais adequado à sua situação e contacte a nova empresa para assinar o contrato. Não precisa de cancelar o contrato com o anterior fornecedor, pois o novo fornecedor que escolher trata também do que for necessário para a mudança.

Mas trocar de tarifário é apenas um dos passos. Para poupar na fatura pode também reduzir o consumo, seguindo algumas dicas.

  • Sempre que possível, opte pelo programa económico na lavagem da roupa e da loiça.
  • Evite deixar aparelhos em standby, pois representam 10% do consumo apresentado na fatura.
  • Adira à tarifa bi-horária, caso o seu perfil seja compatível. Verifique os consumos nas horas cheias e de vazio (de maior e menor consumo). Se 50% da eletricidade for gasta nas horas de vazio, pondere alterar para a tarifa bi-horária. A tarifa é mais baixa à noite e ao fim de semana, por isso, tente concentrar os consumos nesses períodos.
  • Invista em eletrodomésticos ou iluminação energeticamente mais eficientes, sempre que necessite de substituir os atuais.
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Vantagens do mercado liberalizado

Os preços de venda da energia são fixados anualmente pela ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos para as tarifas reguladas. O processo de liberalização iniciou-se em 2006, mas a fase transitória decorre até 31 de dezembro de 2025.

No mercado liberalizado existem vários comercializadores, com diferentes preços e condições. Pode escolher a empresa com a oferta mais vantajosa e mudar quantas vezes quiser. Se incluir o gás natural, o consumidor pode ainda combinar tarifários. No entanto, deve confirmar as condições importantes no contrato:

  • período de fidelização;
  • penalizações decorrentes da alteração das condições antes do final do prazo;
  • serviços pagos de contratação obrigatória para obter determinados descontos;
  • existência de condições para obter um determinado preço, por exemplo, ser recomendado por um atual cliente, ter um contrato de telecomunicações com determinada empresa ou ser sócio de uma associação.

Um sinal de alerta que facilmente pode levar a esta mudança é olhar para a fatura de eletricidade que recebe. Por lei, estas devem incluir a indicação de quanto pagaria a mais ou a menos se estivesse numa tarifa regulada. Assim, e sempre que verifique que os seus gastos estão acima desta linha, deve ponderar mudar.

Os consumidores que em dado momento decidirem voltar à tarifa regulada podem solicitar, por escrito, a mudança junto do seu comercializador para esta tarifa, que deve conter na sua denominação “condições de preço regulado”. Caso o seu comercializador não disponibilize esta tarifa ou demore mais de dez dias úteis a responder ao pedido, o comprovativo escrito serve para solicitar um novo contrato junto da SU Eletricidade.

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Comunicar a leitura do contador

O operador da rede de distribuição assegura a leitura presencial do contador a cada três meses, no caso da eletricidade, e a cada dois meses, no caso do gás natural. Quando a leitura não é realizada, a faturação baseia-se numa estimativa do consumo, de acordo com a metodologia que escolheu: perfil de consumo baseado na média diária ou o consumo fixo, acordado com o comercializador.

Para evitar sobrefaturação e garantir que paga a eletricidade ou o gás que realmente gasta, o melhor é comunicar mensalmente a leitura ao comercializador dentro da data limite indicada nas faturas ou na sua área pessoal da página do operador.

Para fazer a leitura no contador, retire os números com o fundo de cor branca ou preta. Ignore as casas decimais. Nalguns contadores mais antigos, pode existir uma separação do número com uma vírgula ou em fundo vermelho. Ignore esses números também. Se tiver uma tarifa bi-horária, retire as leituras dos períodos de vazio e fora de vazio. Para a tarifa tri-horária, considere também a leitura das horas de ponta. Em caso de dúvida, contacte a linha de apoio ao cliente.

Sempre que comunicar a leitura, tenha presente o número de cliente (também está na fatura), o NIF do titular do contrato e o CPE (que identifica o contador de eletricidade em causa ou o CUI, para o gás natural).

Sobrefaturação

Se lhe for cobrado mais do que o seu consumo real, o excesso é abatido na fatura de acerto. Mas, se a leitura real conduzir a um acerto maior do que a média de consumo dos últimos seis meses, o comercializador deve apresentar um plano plurimensal do valor a pagar. Se não concordar com o valor da fatura por razões óbvias, faça uma reclamação ao comercializador. Em caso de conflito, exija o livro de reclamações e peça o duplicado da queixa.

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Questões frequentes

Respondemos às principais dúvidas sobre eletricidade e gás.

Qual é a melhor tarifa de eletricidade e gás?

Escolher a melhor tarifa de eletricidade e gás não é fácil. A principal dificuldade são as percentagens de descontos que os operadores anunciam. O que parece mais barato nem sempre o é, porque, na realidade, os preçários de base de cada operador variam. Além disso, algumas vezes, os descontos aplicam-se apenas a certos componentes da fatura e com limitações temporais. Antes de qualquer simulação nas tarifas de eletricidade, conheça o seu perfil de consumo: energia consumida e distribuição ao longo de um período longo, potência contratada ou escalão (no caso do gás natural). Experimente o nosso comparador de tarifas de eletricidade e gás.

Qual é o valor da parcela adicional do mercado ibérico?

Desde 26 de abril de 2022 que os novos contratos de eletricidade ou renovações podem estar sujeitos a um custo adicional pelo ajuste do mecanismo ibérico que se encontra em vigor. 

O Governo estabeleceu um teto máximo para o preço do gás natural que é utilizado para produção de eletricidade. O objetivo é evitar que os preços elevados do gás não “contaminem” o preço de outras fontes utilizadas para produção de energia, abrandando a subida do custo da eletricidade no mercado grossista - MIBEL. 

O custo adicional tem de ser pago às centrais termoelétricas que produzam energia através de gás natural, podendo os comercializadores optar por repassar o mesmo ao consumidor ou assumir esse custo internamente. Se fizer um novo contrato, o consumidor deve estar particularmente atento à opção tomada por cada comercializador. 

Por isso, o nosso simulador dá o alerta “Acresce valor do Mecanismo Ibérico” nas propostas dos comercializadores que já optaram por refletir o custo do ajuste do mecanismo ibérico na fatura do consumidor. Além do cálculo que apresentamos para um tarifário nestas condições, tem de contar com um valor adicional mensal, que é variável.

Este valor é calculado diariamente e aplicado em função do período de faturação. Para já, sabemos que nos primeiros meses de aplicação deste mecanismo, o valor oscilou entre os 9 e os 15 cêntimos por kWh, o que significa que para um consumo mensal de 100kWh foi imputado ao consumidor um custo mensal adicional entre 9 € e 15€ (mais IVA). Num ano, o custo adicional poderia, neste cenário, variar entre 108 € e 180 € para uma média de consumo de 100kWh/mensais.

Como mudar de operador de energia?

Para fazer qualquer mudança é preciso contactar o operador que fornece a tarifa escolhida. Encontra o contacto na folha de detalhe da tarifa selecionada.

Quando fazer a inspeção de gás no prédio?

As inspeções de gás nos prédios são obrigatórias, sejam iniciais, periódicas ou extraordinárias. As inspeções periódicas às frações e partes comuns do prédio são obrigatórias a cada cinco anos se já tiverem sido realizadas há mais de dez anos e não tenham sido objeto de remodelação. Quando há necessidade de fazer uma inspeção, cabe ao proprietário do imóvel ou a quem usufrui da instalação ou aparelho a gás promovê-la e pagá-la. No caso de partes comuns do prédio constituído em propriedade horizontal, a responsabilidade é do condomínio.

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