Contas-poupança para crianças: há soluções mais rentáveis
Iniciar uma poupança para os mais novos é uma forma de lhes garantir o futuro. A maioria dos pais escolhe contas-poupança, mas as taxas são baixas. Se quer poupar para os seus filhos, há soluções mais rentáveis.
- Especialista
- António Ribeiro
- Herausgeber
- Sofia Frazoa e Alda Mota
O melhor presente que pode oferecer aos seus filhos é uma boa educação e formação. Para tal, comece cedo a planear a criação de um pé-de-meia que permita chegar à idade adulta com um montante para usar na faculdade, para estudar noutro país ou para comprar o primeiro carro, por exemplo.
Na altura de escolher onde investir, surge sempre a dúvida de quais são os melhores produtos. A maior parte dos pais escolhe contas-poupança. Na realidade, estas ajudam a disciplinar a poupança e sensibilizam para a educação financeira, mas dificilmente multiplicam o dinheiro.
No episódio do podcast POD Pensar dedicado ao tema, Aurélio Gomes debate a educação financeira infantil com os seus convidados. Com ele estão Cristina Judas, engenheira química, especialista em literacia financeira infantil e fundadora do projeto Hey!Möney, e António Ribeiro, economista e analista financeiro de produtos de poupança na DECO PROteste.
- Incêndios florestais: estratégias de prevenção
- Criptomoedas: o que são e quando investir?
- O défice da literacia financeira em Portugal
- O papel do humor no contexto político e socioeconómico atual
- Resgate dos PPR para crédito da casa está a hipotecar o futuro?
- Arrendamento em Portugal: o olhar de proprietários e inquilinos
- Desperdício alimentar: como combater
- Dia Nacional da Sustentabilidade: o compromisso para um futuro sustentável
- Telemóveis nas escolas: que silêncio é este?
- O mundo novo do ChatGPT é mesmo admirável ou é uma ditadura que desumaniza?
- O passaporte para umas férias baratas e com conforto
- Certificados de Aforro: a queda anunciada
- Custo da saúde em Portugal é uma doença crónica
- Sensibilização para o ruído: em busca do silêncio perdido
- Ensino profissional: do preconceito ao conceito
- A paz, o pão. E a habitação?
- Lares de terceira idade em Portugal: o que se passa do outro lado da porta de entrada?
- O que nos está a custar o custo de vida
- Amor e uma burla
- Eutanásia: uma questão de morte ou de vida?
- Crédito à habitação, eletricidade e inflação: armas para enfrentar 2023
- Indústria dos cosméticos: mentiras em que queremos acreditar
- A reclamação é uma arma
- Prevenção de resíduos: as muitas vidas possíveis do lixo que produzimos
- Black friday: sabe comprar um eletrodoméstico?
- 2023, o ano de todas as incertezas
- No labirinto da obesidade infantil
- Subida da Euribor: soluções para enfrentar a tempestade dos juros
- Boa é a vida, mas melhor é o vinho
- Quanto custa estudar em Portugal?
- Ensino da língua gestual portuguesa nas escolas: sim ou não?
- O que está a falhar no Estatuto do Cuidador Informal?
- Telecomunicações: como prospera este setor, apesar das reclamações?
- "A violência contra os animais pode ser o primeiro sinalizador de violência doméstica"
- Férias (quase) pós-covid: novo paradigma, os problemas de sempre
- Burnout, semana de quatro dias e novos modelos de trabalho
- Comprar ou arrendar casa: um beco sem saída?
- Greenwashing: "Mais do que enganar os consumidores, mina a confiança"
- Portugueses sem médico de família: uma imensa minoria
- Inflação, subida de preços e guerra: a tempestade mais-que-perfeita
- Aumentos nos custos da energia e dos combustíveis
- Por que motivo o preço da água é diferente entre concelhos?
- Violência obstétrica: o que significa e qual o impacto em Portugal?
- "A cibersegurança é um tema de cidadania"
- A ilusão de um mundo "zero covid". O que se segue?
- Eleições: voto eletrónico e à distância são caminho a seguir?
- O meu condomínio dava um filme
- Pobreza energética em Portugal: lar, frio lar
- Fim dos carros a combustão: "É prioritário eletrificar os veículos que mais circulam"
- Depressão: "Há mais gente a pedir ajuda. A pandemia, mais do que a gota de água, foi a permissão"
- "Metade das compras em Portugal são feitas em promoção"
- Poupança: a grande "enjeitada" da economia?
Contas de poupança
Nas contas-poupança, a melhor proposta de taxa que a DECO PROteste encontrou no mercado rende 5% brutos, o que equivale a uma taxa líquida de 3,6 por cento. Este tipo de produto é dirigido a menores de 18 anos, com o prazo de 12 meses, em que o montante mínimo de depósito é de 100 euros, e não se pode aplicar mais de 1000 euros. A conta permite mobilizações antecipadas, parciais e totais, em qualquer momento, com penalização total sobre os juros decorridos. Os juros são pagos no vencimento.
Mas há mais opções. Veja, na DECO PROteste Investe, o estudo sobre as contas-poupança mais rentáveis.
A restante oferta de contas-poupança apresenta taxas mais baixas, entre 0% e 2% líquidas, ou seja, pouco interessante. Aliás, muito aquém da inflação prevista para este ano (5,5%, segundo a estimativa do Banco de Portugal). Tal como já acontece com a maior parte dos depósitos, estas contas geram perdas do valor real da poupança.
Não se acomode a estas soluções de baixo rendimento propostas pelos bancos. Como se trata de uma poupança que, em muitos casos, será de longo prazo, não será a estratégia mais adequada. Mas poderá usar os depósitos ou uma conta-poupança para acumular dinheiro numa fase inicial, ou seja, para servir de mealheiro até reunir o capital necessário para investir em produtos mais rentáveis, como depósitos a prazo.
Certificados de Aforro
Caso não queira arriscar nos investimentos e queira ver o valor a aumentar, pode optar pelos Certificados de Aforro, cuja série atualmente em comercialização (série F) tem um prazo máximo de 15 anos. O montante inicial para subscrição é de 100 euros, mas pode efetuar novas subscrições, quando entender, a partir de 10 euros. A taxa-base da série F dos Certificados de Aforro é de 2,5% bruta. A maior vantagem deste produto é o prémio de permanência: a partir do segundo ano e até ao quinto beneficia de um prémio de permanência de 0,5% e 1% do sexto ao décimo ano.
Simule o rendimento consoante o montante e o número de anos de aplicação na calculadora da DECO PROteste Investe.
Fundos de investimento
No caso de se tratar de uma poupança de longo prazo, de preferência por dez anos ou mais, e estiver disposto a abdicar da garantia de capital, poderá aplicar num fundo misto. Ou seja, um fundo que invista em ações e obrigações. Dessa forma, beneficia da valorização dos mercados, através de uma estratégia diversificada.
É o caso dos fundos que replicam as carteiras da DECO PROteste Investe. Nestes varia a componente de ações, mas, quanto maior esta for, maior é o potencial de rendimento a longo prazo. Poderá resgatar o dinheiro a qualquer momento e sem qualquer penalização. No entanto, invista sempre numa perspetiva de longo prazo e nunca resgate em períodos de descida dos mercados, pois pode ser bastante penalizado e perder parte do que aplicou.
Ao investir por períodos longos, o potencial de rendimento é bastante superior, e, em teoria, as perdas de um ou outro ano são absorvidas pelos anos de ganhos. Num dos fundos, o montante mínimo de subscrição e reforços é de apenas 10 euros. Outra vantagem em optar por estes fundos é que não tem de se preocupar em fazer qualquer alteração ao longo dos anos, pois os ajustes das recomendações da DECO PROteste Investe são automaticamente feitos pelo fundo.
E se fizer um PPR para o seu filho?
O Plano Poupança Reforma (PPR) é um produto financeiro sob a forma de seguro de capitalização ou fundo com o objetivo de acumular uma poupança para complementar a pensão de reforma. Proporciona benefícios fiscais, cumprindo determinadas regras. Caso não use o PPR para fins fiscais, funciona como um produto financeiro “normal”, beneficiando de outras vantagens, como uma taxa de imposto mais baixa.
Como está a poupar para um menor, não pode subscrever um seguro PPR, mas nada o impede de subscrever um PPR sob a forma de fundo. Na prática, só tem vantagens na subscrição:
- pode fazer entregas quando quiser e de qualquer montante, pois os PPR permitem fazer entregas periódicas ou não programadas;
- como são apenas PPR sob a forma de fundo, que investem em ações e obrigações, trata-se de um investimento diversificado, ideal para longo prazo;
- o seu filho não pode ainda usufruir dos benefícios fiscais, mas também por isso poderá resgatar o dinheiro em qualquer altura, sem penalizações fiscais;
- assim que o seu filho começar a trabalhar já terá um elevado montante que poderá usar para qualquer eventualidade ou mesmo para os primeiros projetos, com a vantagem acrescida de beneficiar sempre de uma taxa de imposto mais baixa.
Como desvantagem, um PPR não é um produto que gere juros que possa ir vendo crescer na conta à ordem. Ao tratar-se de um fundo, poderá acompanhar a cotação ao longo dos anos, e as flutuações de curto prazo, tal como nos fundos de investimento. A longo prazo, a valorização deverá ser bem visível. Só terá acesso ao rendimento no momento do resgate do produto.
Se gostou deste conteúdo, apoie a nossa missão
Somos a maior organização de consumidores portuguesa, na defesa dos seus direitos desde 1991. Acreditamos que Saber é Poder.A nossa independência só é possível através da sustentabilidade económica da atividade que desenvolvemos. Para mantermos esta estrutura a funcionar e levarmos até si um serviço de qualidade, precisamos do seu apoio.
Conheça a nossa oferta e faça parte da comunidade de Simpatizantes. Basta registar-se gratuitamente no site. Se preferir, pode subscrever a qualquer momento.
O conteúdo deste artigo pode ser reproduzido para fins não-comerciais com o consentimento expresso da DECO PROTeste, com indicação da fonte e ligação para esta página. Ver Termos e Condições. |