Protetor solar mineral: o que é e quais são os benefícios para a pele?

Os protetores solares são produtos cosméticos que protegem a pele da radiação solar, principalmente da radiação ultravioleta (UV). Para cumprirem a sua função, contêm filtros solares que podem ser de dois tipos: químicos ou orgânicos e físicos ou minerais. Os protetores solares minerais são, em princípio, compostos apenas por filtros solares físicos, ou seja, partículas que não se dissolvem (como óxido de zinco e dióxido de titânio) responsáveis por refletir, dispersar e/ou absorver a radiação solar.

A maioria dos protetores solares combina os dois tipos de filtros, o que permite aumentar a sua estabilidade físico-química, modular o grau de proteção solar e a cosmeticidade do produto. Ao filtrar os raios UVA e UVB, os filtros solares ajudam a reduzir o risco de cancro e envelhecimento prematuro da pele, além de prevenirem as queimaduras solares.

Filtro solar mineral e químico: quais as diferenças?

Os filtros solares químicos ou orgânicos podem absorver, principalmente, radiação UVA ou UVB. A maioria destes filtros tem sido usada ao nível mundial há várias décadas. Por isso, são considerados seguros para os seres humanos. As alergias a protetores solares são pouco frequentes. Irritações cutâneas são as queixas mais comuns da utilização de protetores solares com filtros solares orgânicos. Nos últimos anos, têm surgido suspeitas sobre a segurança do ethylhexyl methoxycinnamate (OMC), homosalato e octocrileno. Outros exemplos de filtros orgânicos são o ethylhexyl triazone, o butyl methoxydibenzoylmethane e o ethylhexyl salicylate.

Os filtros solares inorgânicos ou minerais são partículas insolúveis responsáveis por refletir, dispersar e/ou absorver a radiação solar, com amplo espetro de atuação contra as radiações do tipo UVB e UVA. O óxido de zinco e o dióxido de titânio são os únicos filtros deste tipo que se podem usar nos produtos cosméticos em concentrações até 25%. Estes ingredientes poderão também ser incluídos em produtos cosméticos com a função de corante (por exemplo, em pastas de dentes ou sombras de olhos). 

Benefícios e riscos do protetor solar mineral

Os protetores solares que contêm apenas filtros minerais têm sido frequentemente recomendados para crianças, devido ao seu muito baixo potencial sensibilizante e irritante. 

Os protetores mais antigos continham apenas partículas de grandes dimensões e formavam uma película branca sobre a pele. Para ultrapassar este problema, a indústria começou a produzir partículas de dióxido de titânio e de óxido de zinco com dimensões entre 5 e 20 nanómetros. As nanopartículas formam uma película transparente sobre a pele, ao mesmo tempo que proporcionam uma boa proteção contra a radiação UV. Neste caso, os filtros devem ser identificados na lista de ingredientes que consta da rotulagem com os termos Zinc Oxide (nano) e Titanium Dioxide (nano), de acordo com a nomenclatura internacional INCI.

A utilização generalizada de nanopartículas suscitou preocupações de saúde em relação à sua segurança. Com base na evidência científica atual, nem as nanopartículas de dióxido de titânio nem as de óxido de zinco são suscetíveis de causar danos quando utilizadas como ingredientes em protetores solares e quando os protetores solares são usados de acordo com as instruções. Atualmente, o maior problema das nanopartículas nos cosméticos está relacionado com a inalação. De acordo com o regulamentos dos produtos cosméticos, todos os filtros em forma de nanopartículas não podem ser utilizados em "aplicações que possam conduzir à exposição dos pulmões do utilizador final por inalação", pelo que não é recomendável utilizar produtos com nanopartículas em formato de spray.